Nação Judaico Portuguesa e o Norte da Europa

Norte da Europa
Os Judeus Conversos Portugueses em sua diáspora, sempre estiveram à procura de lugares onde a intolerância, a sua condição de judeus, fosse menor ou “inexistente”.

Foi dessa forma que, desde cedo, o Norte da Europa entrou na rota dos Judeus portugueses.
Em 1590, já haviam Portugueses da Nação Judaica, em cidade que integraram a antiga liga Hanseática.

Liga Hanseática

Em 1603,  queixas por parte dos Bürgenschaft (vereadores) de Hamburgo, reclamavam do  afluxo crescente dos Conversos Portugueses, e exigindo posição dura e imediata do senado.

Como já acontecia em outras nações européias, onde fé reformista dominava a esfera política e social, ficou decidido que os Judeus Portugueses seriam tolerados, sob o pagamento de impostos. Continuariam in statu quo aos estrangeiros residentes na cidade.

Embora não lhes fossem permitido praticar o culto judaico em público.

O Senado argumentou aos vereadores, que os Sefarditas eram apenas um grupo, entre tantos outros, de comerciantes estrangeiros, benéficos a economia da cidade,  destacando a nacionalidade portuguesa deles. 

No Norte da Europa o termo Português já era comum na designação dos Judeus serfarditas conversos, fossem eles de origem Espanhola ou Portuguesa. 

  • Culto Judaico - Registros datados de 1627, atestam que Eliah Aboab Cardoso, fez Esnoga em sua casa, alcunhando-a de Talmude Torah, cuja era freqüentada pelos Portugueses da Nação hebréia de Hamburgo.
Hamburgo
Mas somente nos idos de 1652, foi inaugurada a grande Esnoga Portuguesa de Hamburgo, A Beth Israel, que teve como seu Hakham-mor (Rabino-chefe) o erudito Dawid Cohen de Lara.

Nos fins 1697, a liberdade religiosa, obtida por judeus portugueses, foi posta a prova pelos editais dos vereadores de Hamburgo. 


Esgotados pelo clima insegurança, muitas das ricas famílias judaico-portuguesa de Hamburgo, começaram a deixar a cidade. 

No ano de 1900, não haviam mais que 400 pessoas da Nação Portuguesa, entre os Judeus residentes em Hamburgo.