Judeus Conversos na Bélgica


A liberdade vivida pelos judeus-Portugueses nos Países Baixos, onde puderam legalmente regressar ao judaísmo, não foi à mesma dos judeus conversos portugueses na Bélgica.


Porto de Antuérpia - Van Gogh
No inicio do século XVI, a Bélgica começa a receber levas de judeus-portugueses, camuflados como católicos, sobre o estatuto social de "Cristão-novos". Eram os fugitivos do fanatismo religioso que imperava no Reino de Portugal.

A cidade de Antuérpia, com sua economia dinâmica, se tornou por excelência lar dos judeus conversos. 
 Em 1575 já eram contabilizadas 102 famílias, que tiveram papel importante na implantação do comercio de diamantes e açúcar na Região.

Antuérpia

Entre os anos de 1650 a 1694, Esnogas secretas eram abertas em Antuérpia.
No decorrer dos idos de 1580, com a consolidação do poder Espanhol na Região, o Imperador Carlos V, tenta de varias formas impedir a presença dos Judeus Conversos na Bélgica, sem grande sucesso. 

 As autoridades de Antuérpia, faziam vista grossa, sabendo da importância essencial dos conversos no desenvolvimento financeiro da Região.

Antuérpia - Van
Porém, o constante clima de insegurança levou-os Judeus a migrarem para cidades como Amsterdam, Hamburgo e Altona, onde puderam voltar livremente ao judaísmo.

Em 1713, os Países Baixos Espanhóis, como ficou conhecido a Bélgica durante o domínio Espanhol, passa a soberania dos Habsburgos austríacos. Sendo assim permitido aos Judeus, mediante a cobrança de altos impostos, viverem na região.

Nos séculos seguintes, tanto sobre o poder Frances como sobre o Holandês, a comunidade Judia na Bélgica teve asseguradas melhores condições de liberdade.
Sinagoga de Hovenierstraat


No inicio do Século XX, , ainda se podia ouvir  preces na velha Sinagoga de Hovenierstraat, levantada em 1898, no minhag português de Amsterdam . Era conhecida carinhosamente pelo nome de Synagogue portugaise.

Em nossos dias, devido à grande presença dos Judeus Norte – Africanos, o minhag Português ficou no passado.